sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Estudando a única opção... Fertilização in vitro

Fertilização In Vitro: o famoso bebê de proveta

O método para engravidar consiste em unir os gametas fora do útero e transferir o embrião depois

A técnica consiste na coleta dos gametas para que a fecundação seja feita em laboratório e depois na transferência desses embriões de volta para o útero materno. O método foi usado pela primeira vez na Inglaterra em 1978 e foi trazido ao Brasil em 1983. Nessa época ele era conhecido como bebê de proveta.

Outros nomes

Bebê de proveta                                                                            

Como é feita a Fertilização In Vitro

O primeiro passo é fazer a coleta dos gametas.  Nas mulheres é feita uma indução de ovulação com medicamentos. Eles podem ser usados por via oral (citrato de clomifeno) ou por injeções subcutâneas (gonadotrofinas) e normalmente são estimulados até 12 folículos para uma produção maior de óvulos para coleta. Mas em casos em que não há mais produção de gametas, como mulheres na menopausa e alguns homens que não sintetizam espermatozoides, é indicado o uso de gametas doados.

Depois de coletados, é feita uma seleção dos espermatozoides e depois eles e um óvulo são colocados em uma cultura.  O processo é idêntico ao ocorrido dentro do útero, com a diferença que ocorre em laboratório, portanto não há riscos de malformação maiores do que numa fecundação natural. Existe um risco de que a fecundação não ocorra, mas é algo muito raro. Tudo depende da qualidade do material utilizado.

Quando o embrião já está pronto ele é colocado no útero da mulher. A quantidade de embriões depende da idade da mulher: 2 para mulheres com menos de 35 anos, 3 para quem tem até 40 anos e 4 depois dessa idade. O processo é semelhante ao exame Papanicolau, é usado um bico de pato e depois um cateter bem fino é inserido na vagina da mulher. Um ultrassom orienta o médico sobre o local onde deve ser colocado o embrião, normalmente a 1 centímetro do fundo do útero. A sensação pode criar um ligeiro desconforto. Por fim, após 12 ou 14 dias, é feito o exame para detectar se houve sucesso no método. 

Duração do tratamento

Contando com a estimulação, a fecundação in vitro, a reimplantação dos gametas e o exame que detectará o sucesso ou não do procedimento, a Fertilização in Vitro costuma durar em torno de 25 dias. 

Para quem a Fertilização In Vitro é indicada

Normalmente a técnica é utilizada para casais em que a mulher tenha problemas nas trompas ou endometriose, o que pode dificultar a chegada dos espermatozoides até o óvulo. Também pode ser feita em casos de problemas na produção de gametas no homem.

Outra situação em que o tratamento é indicado ocorre quando é preciso que seja feita a doação de óvulos, no caso de mulheres que não o produzem mais ou em casos de casais homossexuais masculinos. 

Preparação da Fertilização In Vitro

Toda mulher que deseja engravidar precisa de cuidados importantes para a saúde, como ter uma alimentação adequada, praticar atividades físicas, reduzir a ingestão de álcool, não fumar e fazer a suplementação de ácido fólico. Também é válido procurar verificar se há alguma doença que possa prejudicar a gravidez, como hipertensão ou diabetes. 

O que esperar da Fertilização In Vitro

Normalmente as chances de sucesso estão ligadas à idade do óvulo, já que eles existem na mulher desde a infância e também passam pelo processo de envelhecimento celular. Mulheres com menos de 35 anos tem 60% de chances. Entre 35 e 38 anos, as chances caem para 40%, e continuam a baixar para 30% até os 40 anos, passando para 8% depois. 

Riscos da Fertilização In Vitro

Como o embrião é fecundado fora do útero e depois transferido de volta, existe uma pequena chance de que ele se desenvolva fora do útero, a chamada gravidez ectópica, que pode colocar a vida da mulher em risco. Para reduzir as chances desse tipo de gestação, o embrião normalmente é colocado a 1 centímetro do fundo do útero.

Como mais de um embrião é transferido, há um risco de gravidez gemelar que varia de 25 a 30% em mulheres abaixo de 35 anos. Esse tipo de gestação é considerada de risco pois normalmente acarreta em parto prematuro, perigosos para a mãe e para o feto.

Por haver estimulação dos ovários, pode ocorrer a Síndrome da Hiperestimulação do Ovário (SHO). Nela há uma maior produção do hormônio estradiol, que pode acarretar em trombose depois que a mulher engravida e aumentar o inchaço do corpo. 

Contraindicações da Fertilização In Vitro

O uso dos medicamentos para indução de ovulação é contraindicado para mulheres com em carcinoma ovariano, uterino ou mamário e tumores do hipotálamo ou da glândula pituitária. 

Onde encontrar o tratamento

Por ser um tratamento que envolve uma equipe multidisciplinar com ginecologista, urologista e embriologistas, o ideal é procurar uma clínica ou hospital de confiança. Para isso, vale receber indicações de quem já passou pela técnica e pesquisar sobre os locais de sua escolha.

Fontes consultadas
Ginecologista especialista em fertilização Augusto Bussab (CRM-SP 98.488), de São Paulo
Médica especialista em medicina reprodutiva Michele Panzan (CRM-SP 114.419) coordenadora da Clínica Huntington, unidade de Campinas, em São Paulo

Fonte: http://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/16499-fertilizacao-in-vitro-o-famoso-bebe-de-proveta em 23/10/2015

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